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16 julho 2013

Crítica do Khaled: Terapia de Risco


Steven Soderbergh está entre os diretores mais versáteis da década de 90 pra cá, disso não há a menor dúvida. Claro que essa característica pode levar a fracassos (Contágio e as medonhas sequências de Onze Homens e um Segredo), mas a carreira do diretor, que anunciou a aposentadoria das telonas aos 50 anos de idade, está repleta de trabalhos muito bons (Che) e bem diversificados (Erin Brockovich, Traffic e Magic Mike). Essa capacidade de passear entre os diferentes gêneros com enorme facilidade é vista mais uma vez em seu último (duvido muito disso) filme: Terapia de Risco.

O roteiro – assinado por Scott Z. Burns (Contágio e O Desinformante) – apresenta Emily Taylor (Rooney Mara), que após quatro anos vê o marido Martin Taylor (Channing Tatum) sair da prisão por crimes financeiros. Essa readaptação afeta ambos, mas de forma mais trágica à Emily, que volta a desenvolver uma depressão antiga resultando numa tentativa de suicídio. E é quando conhecemos o psiquiatra Dr. Jonathan Banks (Jude Law), que passa a tratar de Emily – sem muito sucesso, mesmo com toda a ajuda da médica que fez o tratamento anterior, Dr. Victoria Siebert (Catherine Zeta-Jones). Neste tratamento, diversos medicamentos são tentados, numa sociedade onde os antidepressivos são inseridos com total naturalidade, até que um fato ocorre (não vou dar spoiler) e muda a vida de todos os envolvidos. Esta virada transforma o filme de um drama familiar para um suspense bem profundo.

Rooney Mara literalmente rouba a cena, principalmente na primeira metade. Sua atuação é tão bem desenvolvida que traz à personagem delicadeza, charme, fragilidade, mistério e enigma. Potencializando todo o aspecto doentio que se fazia ali necessário. A segunda metade do filme é de Jude Law e sua inquietude já característica. É a partir da atuação dele que o filme acelera e se desenrola até o fim. E é até o fim mesmo, pois as mudanças são tão constantes que não é possível prever nada até os créditos subirem. Tatum e Zeta-Jones são coadjuvantes que não comprometem em nada o desenrolar da história, muito pelo contrário, estão bem a vontade naquilo que era necessário em cada ato.


Tenho noção de quão pequeno ficou esse texto, mas não consigo ser mais específico do que isso sem revelar detalhes da história que tirariam todo o prazer que os 106 minutos de Terapia de Risco oferecem. Soderbergh finaliza sua carreira pro cinema fazendo tudo que fez de melhor nesses anos: unindo gêneros, aproveitando roteiros imprevisíveis, fotografando muito adequadamente (com o pseudônimo Peter Andrews)... temos uma bela despedida e a qual eu recomendo bastante.


Terapia de Risco (Side Effects)
Diretor: Steven Soderbergh
Roteiro: Scott Z. Burns
Estrelando: Rooney Mara, Channing Tatum, Jude Law e Catherine Zeta-Jones


Obs: o que acharam? escrevi muita besteira? devo continuar essas análises? COMENTEM!

Um comentário:

  1. continue as analises, eh legal ver pontos de vista dos outros sobre alguns filmes...
    vou ver esse ai!
    abras

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