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04 novembro 2012

Desaventuras de um feriado sozinho

Como encarar uma ida ao bar sozinho?



Qual a finalidade de ter um blog? Acho que primordialmente é falar de coisas que você gosta ou faz. E o post de hoje é sobre uma experiência minha. Ok? Ok.

Não sei como é o calendário de feriados de todos os países do mundo, mas se você está no Brasil sabe que estamos no feriado de Finados, o que implica em viagens por todos os lados. Fugir da realidade é uma necessidade da grande maioria, então sempre que possível fazem isso. Comigo não foi diferente, tirando o fato de que eu, especificamente, não viajei. Rá! A questão é que ainda moro com meus pais e eles, assim como a maioria da minha família, viajaram. Sem contar os amigos que também viajaram, ou seja, está sendo um feriado bastante independente. E antes que fique com peninha de mim foi exatamente o que eu procurei que fosse.

Sempre me virei muito bem sozinho, sempre que possível quis ficar sozinho, então esse não é um fato novo. A questão desse feriado especificamente foi a preguiça de cozinhar. Não que eu seja um chef de cozinha, muito longe disso (ênfase no MUITO), mas nesse eu não quis acender nenhuma boca do fogão. Então até agora fiz todas as refeições possíveis na rua. E o jantar deste sábado não foi diferente.

A pergunta que ficou na minha cabeça o dia inteiro foi a seguinte: aonde comer hoje a noite? Coloquei na cabeça que não ia muito longe, então sobravam basicamente duas opções: uma padaria que fechava cedo e um barzinho que abria tarde. Acho que falando assim fica meio óbvio qual foi a minha escolha. Mas o ponto aqui é o seguinte, como encarar uma ida ao bar sozinho? Já te garanto que não é muito fácil.

Cheguei no bar ainda vazio, o que foi uma vantagem, fiz logo meu pedido e fiquei ali olhando pro nada enquanto tomava uma cerveja. E aqui é a primeira e talvez principal dificuldade: a solidão. Você não tem com quem brindar, com quem conversar, quem te entreter. Pra melhorar (só que não) eu era de longe a pessoa mais nova que estava ali, não era o único sozinho, pois um senhor da faixa dos 50 anos também estava ali tomando seu gelo. Por coincidência depois percebi que o conhecia, temos meio que algum parentesco longínquo, mas não o cumprimentei, pois achei que ele não me reconheceria e já bastava estar sozinho num bar ao sábado pra me acharem meio estranho.

O tempo passa, você continua a olhar pro nada, olha pra TV e vê os clipes que estão passando, olha pra todos os casais e grupos de amigos que estão ali. E não sei, mas tinha a impressão que toda vez que concentrava no meu copo pra mais um gole eu achava que o bar inteiro olhava e comentava sobre aquele jovem bebendo e comendo sozinho. Só mais um sinal do quanto estou ficando maluco. Mania de perseguição. Risos.

Você pede outra cerveja, a porção chega, é muita comida, muita bebida. Parece que sair de casa não foi feito para ser um programa solitário. Fora que você não sabe muito bem o que fazer, pra onde olhar, aí acaba por escutar trechos de conversas alheias e esperar por alguma casualidade engraçada do universo (que no meu caso aconteceu. obrigado, Thiago! obs.: Thiago é o dono do barzinho).

Depois de passar por isso só defino com uma palavra: interessante. Ao mesmo tempo que queria comer e beber o mais rápido possível pra sair daquele ambiente e voltar pra casa, era bom ter a calma de ter meu tempo, não importando nenhum outro acontecimento. Fora que sozinho e em silêncio você consegue refletir sobre tudo que se passa e não estou falando só do que acontece no bar, mas no geral.


(tava tocando no bar quando eu saí de lá)

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